sábado, 30 de setembro de 2017

Recordando a Infância




Nasci em MAIO de 1946.
Juntinho à Fonte Luminosa
Em Lisboa fui morar.
Do terraço lá de casa
Eu via o TEJO a passar

Eternamente feliz
Num eterno mandriar.
Brilhando vezes a fio
Com o Sol ía raiar
Nas mansas águas do rio
Quer fosse ao entardecer
Até que fosse chover
Como é sempre belo olhar.

Brincava na velha fonte
Luminosa noutra época
Nas noites quentes, no Verão
Queríamos refrescar.

Lembranças do meus joguinhos,
Das rodas, dos 5 cantinhos,
Da pedrinha eu ir saltar.
Que delírio de alegria
A menina de 6 anos
Que por ali sempre andava
Comprometida a brincar.

Beijo tua fronte velhinha
Cheia de luz e de encanto
Meus olhos te vêem hoje
Como moira num encanto.


Manuela Neves
23/06/2004 

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

A Idade da Vida


Surgiste
- e a lua piscou, contente,
e os teus lábios, docemente,
beijaram em seu reflexo,
os meus olhos o meu rosto...

Acariciei sua luz
nos teus dedos.

Surgiste
- e tudo ficou diferente...
Até o luar desceu
em segredos de menina
e veio ter àquela esquina,
onde estavas,
tu e eu.

Manuela Neves

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Som e Pensamento

O som fustiga o pensamento,
A voz que a tudo move. 

 
A brisa, o pregão, o vento.
Lisboa, rola, qual encantamento
cantando seus fados, seu lamento.

Há gentes verdade, que vêm e vão...
De rostos marcados,
são lágrimas pão, seus lábios falados.

E o menino roto
de olhar vadio,
corre pelas ruas
nem sentindo o frio.
Seus trajes rasgados,
a alma vazia,
as mãos a sangrar.
Menino com nada,
sem pais e sem lar.

O vício caminha.
O menino passa.
E Lisboa chora ao vê-lo passar...
O som fustiga o pensamento,
A voz que a tudo move.

Manuela Neves

domingo, 24 de setembro de 2017

Ser Poeta

Ser Poeta!...
É ser mais que marinheiro.
É andar pelo mundo inteiro,
Céu, terra, além no mar. 


Ser Poeta!...
Sentir-me chama de Verão.
E vestir-me de matizes
Extroverter a emoção. 


Ser Poeta!...
Criar magia
Sorrindo pr’além da dor.
É ser estrela, voar alto,
Reter um imenso Amor.
É certeza de infinito
Recuo libertador.

É sorver toda a ilusão.
Contar o que não sabemos
Mas sentimos e queremos
Como lendas na paixão.

Ser Poeta!...
É ser chama, teu calor.
Arde, queima de mansinho
E diz-me devagarinho
O teu nome meu amor.

Manuela Neves

À Beira do Azul * POESIA

Amigas(os) estou muito feliz, com a Publicação do meu Livro de Poemas  "À Beira do Azul", de minha autoria, pela Editora Ediçõ...