segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Som e Pensamento

O som fustiga o pensamento,
A voz que a tudo move. 

 
A brisa, o pregão, o vento.
Lisboa, rola, qual encantamento
cantando seus fados, seu lamento.

Há gentes verdade, que vêm e vão...
De rostos marcados,
são lágrimas pão, seus lábios falados.

E o menino roto
de olhar vadio,
corre pelas ruas
nem sentindo o frio.
Seus trajes rasgados,
a alma vazia,
as mãos a sangrar.
Menino com nada,
sem pais e sem lar.

O vício caminha.
O menino passa.
E Lisboa chora ao vê-lo passar...
O som fustiga o pensamento,
A voz que a tudo move.

Manuela Neves

À Beira do Azul * POESIA

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