O som fustiga o pensamento,
A voz que a tudo move.
A voz que a tudo move.
A brisa, o pregão, o vento.
Lisboa, rola, qual encantamento
cantando seus fados, seu lamento.
Há gentes verdade, que vêm e vão...
De rostos marcados,
são lágrimas pão, seus lábios falados.
E o menino roto
de olhar vadio,
corre pelas ruas
nem sentindo o frio.
Seus trajes rasgados,
a alma vazia,
as mãos a sangrar.
Menino com nada,
sem pais e sem lar.
O vício caminha.
O menino passa.
E Lisboa chora ao vê-lo passar...
Lisboa, rola, qual encantamento
cantando seus fados, seu lamento.
Há gentes verdade, que vêm e vão...
De rostos marcados,
são lágrimas pão, seus lábios falados.
E o menino roto
de olhar vadio,
corre pelas ruas
nem sentindo o frio.
Seus trajes rasgados,
a alma vazia,
as mãos a sangrar.
Menino com nada,
sem pais e sem lar.
O vício caminha.
O menino passa.
E Lisboa chora ao vê-lo passar...
O som fustiga o pensamento,
A voz que a tudo move.
Manuela Neves
A voz que a tudo move.
Manuela Neves